Lideranças sindicais projetam desafios para 2025

Vinícius Dantas, presidente da Amipão, formada pelo Sindicato das Indústrias de Panificação do Estado de Minas Gerais (Sip) e pela Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amip)

Como foi o ano de 2024 para a categoria?

Foi um bom ano para o setor, mas tivemos dificuldades para a contratação e retenção de mão de obra. Os desafios são muitos. Temos que enfrentar as mudanças no nosso quadro de trabalho, redução de jornada, de horário. Mas o pão tem uma importância na alimentação do brasileiro. É o produto básico na mesa. Temos desafios, mas são abrandados por um produto que está na cultura de consumo.

O que espera de 2025?

Para 2025, acreditamos que o descompasso da economia pode trazer dificuldades para o consumidor, afetando o setor. A falta da mão de obra levará setores a serem repensados, principalmente na jornada de trabalho. O preço alto da matéria-prima pode inviabilizar empresas do segmento.

Valdeci Velez de Figueiredo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Lavanderias e Tinturarias do Distrito Federal (Sintralav-DF)

Como foi o ano de 2024 para a categoria?

2024 foi um ano positivo para a nossa categoria. Conseguimos 7% de aumento e temos visto retornar a abertura de algumas lavanderias, depois de muitos fechamentos no pós-pandemia. Mas no balanço geral foi um ano positivo, a categoria ficou satisfeita.

O que espera de 2025?

Esperamos para 2025 é mão de obra qualificada, que não estamos tendo. Vamos correr atrás de parcerias para cursos, para que essa mão de obra chegue ao mercado. Esse é o maior desafio de 2025. Espero que a gente consiga. Estamos atrás de projetos junto ao governo e Distrito Federal para fazer a formação da mão de obra. A categoria almeja por isso e por um aumento um pouco mais significativo no vale de almoço, dentro da CCT. Estamos lutando muito e dentro da CCT o valor do nosso almoço é muito baixo. Esperamos vencer essa queda de braço em 2025.

João Barbosa de Siqueira, presidente da Federação de Serviços de Minas Gerais (Feserv-MG)

Como foi o ano de 2024 para a categoria?

Apesar de ainda ter um reflexo do pós-pandemia, o setor de serviços está puxando o crescimento da economia brasileira. As empresas estão optando por contratar prestadores de serviço, principalmente o on-line, que cresceu muito.

O que espera de 2025?

A nossa expectativa é de crescimento da entidade e adesão de novos filiados. Chegar em torno de 25 entidades filiadas neste ano. Estamos trabalhando para ter maior estabilidade econômica. O setor de serviços é um dos que mais cresce no país. Emprega de 60% a 65% da mão de obra. O grande desafio é a instabilidade econômica do país. Nossa economia ainda sofre muita influência das movimentações externas.