Eles cresceram em pleno boom tecnológico. A maioria desconhece uma realidade sem internet, redes sociais e informatização. Nascidos entre 1995 e 2010, a Geração Z, também conhecida com Gen Z, Centennials ou “nativos digitais”, interage com o mundo usando todas as formas de tecnologia disponíveis.
São adeptos da praticidade, costumam ser autodidatas, lógicos, gostam de benefícios, flexibilidade e valorizam a qualidade de vida. Essa faixa etária soma 47,6 milhões de pessoas e representa 23% da população brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em qualquer área de atuação, é fácil encontrar diversos profissionais nascidos no final da década de 1990 e no início do milênio, ocupando cargos operacionais, analíticos, estratégicos e de liderança. No mercado com outras gerações, eles encontram desafios e oportunidades. É a primeira vez que tantas gerações diferentes convivem lado a lado, seja trabalhando juntas dentro de empresas ou dividindo os mesmos espaços, físicos e tecnológicos, na sociedade. São cinco gerações simultâneas, determinadas por faixa etária: Baby Boomers, Geração X, Geração Y, Geração Z e Geração Alpha.
Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
Na Central dos Benefícios há colaboradores da Geração Z em todos os setores da empresa. Eles somam quase 40% do quadro de funcionários. Expertise digital e facilidade de experimentar novas ideias são pontos fortes dessa geração, segundo Juliana Freire, coordenadora de Recursos Humanos da Central dos Benefícios. “E isso pode ser vantagem competitiva para as empresas que têm o olhar para soluções inovadoras”, afirma Juliana.
Ela ressalta que a geração traz desafios únicos devido às suas características, expectativas e formas de trabalhar. “Eles demonstram necessidade de crescimento rápido e de feedback constante. E valorizam a qualidade de vida. Isso implica no equilíbrio entre vida pessoal e trabalho”, afirma.
Para essa geração o trabalho está relacionado a um propósito que está diretamente ligado à imagem positiva das organizações. “E eles prezam por ambientes de trabalho mais horizontais e colaborativos, onde suas opiniões são valorizadas e há espaço para inovação”, avalia Juliana.
É fundamental, no entanto, olhar para a individualidade. “Cada pessoa, mesmo fazendo parte de um grupo com características próprias, mantem suas necessidades individuais e essas devem ser levadas em consideração. Cabe ao gestor ter atenção a esse detalhe e conduzir o desenvolvimento com esse foco”, diz Juliana.
Apesar das individualidades, os desejos da Geração Z costumam se encontrar em muitos aspectos. O que eles querem:
- Autonomia
- Feedback constante
- Qualidade de vida
- Flexibilidade
- Falta de rotina
- Benefícios
- Diversidade
- Espaço para inovação
- Perspectiva tecnológica
Diversidade geracional
O publicitário Luís Felipe Teixeira e Silva, de 23 anos, poderia ser um típico nativo digital. É flexível, ágil, tem expertise tecnológica e facilidade com o novo. No ambiente de trabalho ele valoriza o dinamismo, falta de rotina, diversidade, flexibilidade e benefícios. Na contramão da sua geração, no entanto, ele decidiu há pouco tempo deixar de lado as redes sociais. “Quero priorizar e melhorar a minha saúde mental”, diz.
Luís trabalha na Central dos Benefícios há quatro anos e meio. Atualmente está na equipe de comunicação e marketing, onde atua com profissionais de outras gerações. “É uma experiência desafiadora e de muito aprendizado. Apesar das discordâncias, aprendemos a ter mais de um olhar para as tarefas e campanhas. Mesmo com a diferença de idade e experiências de vida e profissionais, ambas as partes ensinam e aprendem”, afirma Luís. Na sua avaliação, a idade dos mais jovem facilita o crescimento profissional. “A juventude é mais aceita socialmente quando se trata de novas oportunidades. Junto ao avanço da globalização, há também o avanço do etarismo”, diz.
Na avaliação de Juliana, a diversidade geracional é necessária dentro das organizações e na Central de Benefícios ela é estimulada. “As diferenças trazem riqueza e possibilidade de desenvolvimento fantástica, na medida que favorecem troca de experiências, de ideias e oportunidades de aprendizado mútuo. A diversidade geracional pode impulsionar a inovação, uma vez que estamos falando de diferentes perspectivas e formas de pensar”, afirma.
A advogada Karoline Santos Pessim, de 27 anos, é supervisora de qualidade e projetos na Central dos Benefícios. Ela avalia que a troca de experiências entre gerações é valiosa e as habilidades se complementam. “A geração mais experiente muitas vezes traz sabedoria de vivências diferenciadas, enquanto a Geração Z contribui com ideias frescas, perspectiva tecnológica e mentalidade inovadora”, diz.
Praticidade e criatividade
Karoline trabalha há quase dois anos na empresa e em pouco tempo chegou à liderança de área. Ocupar o cargo tão jovem traz desafios e oportunidades. A maior barreira, segundo ela, é separar a visão de outras gerações de que liderança ou capacidade é algo que se acumula ao longo dos anos, no lugar de reconhecer que a habilidade é demonstrada por meio da expertise no assunto e dos resultados alcançados. “No entanto, não vejo isso de forma negativa. Consigo demonstrar uma perspectiva atualizada do mercado, da tecnologia e de abordagens diferentes do convencional, combinando praticidade, agilidade e interações inovadoras. Dessa forma, simultaneamente, as melhores alternativas são realizadas”, diz.
Entre as características da Geração Z, Karoline destaca a praticidade e uma mentalidade voltada para a tecnologia, criatividade, adaptabilidade a mudanças rápidas e habilidades para o trabalho em equipe. “Considero que a Geração Z tende a ser mais eficiente em áreas relacionadas à inovação, onde consegue explorar oportunidades para criar e desenvolver uma mesma coisa de diversas formas, considerando a realidade a ser trabalhada”, diz Karoline.
Os valores que ela preza em um ambiente de trabalho são: autonomia alinhada à transparência, integridade, diversidade, inovação, bem como a promoção do bem-estar e do desenvolvimento pessoal e profissional. “Além disso, valorizo a construção de um plano de carreira alinhado com minhas perspectivas pessoais”, diz.
A existência de uma realidade sem internet, redes sociais e informatização é um cenário desconhecido para Karoline. “Cresci aprendendo a evoluir tanto com o mercado quanto com a tecnologia, que está atrelada a soluções mais rápidas e uma perspectiva atual da nossa realidade. A tecnologia é parte integrante da minha vida cotidiana e de como conduzimos os negócios atualmente”, afirma.
Valores cultivados
Os valores cultivados pela Central dos Benefícios vão de encontro às necessidades da Geração Z: Inovação, Amor pelo que faz, Ousadia, Cooperação e Processos. A empresa busca ainda oferecer um ambiente dinâmico e o desenvolvimento de projetos voltados para o bem-estar e qualidade de vida. Ao mesmo tempo, valoriza a diversidade geracional. “As equipes compostas por múltiplas gerações estão mais propensas a gerar ideias originais e encontrar soluções criativas para os problemas”, afirma Juliana Freire. Eles convivem lado a lado na empresa e estão em sintonia com os valores e busca de melhores resultados.