O Brasil é hoje o 3º país que mais consome redes sociais no mundo, atrás apenas da Índia e da Indonésia e à frente de Estados Unidos, México, Argentina e Itália. São mais de 131 milhões de contas ativas. Destas, cerca de 127 milhões são de usuários únicos nas redes sociais, ou seja, 96,9%.
Os dados fazem parte de levantamento realizado pela Comscore, empresa dos Estados Unidos de análise da internet. Os 10 países que mais consomem redes sociais no mundo são: Índia, Indonésia, Brasil, Estados Unidos, México, Argentina, Itália, Reino Unido, França e Espanha.
Com o avanço da tecnologia e a transformação do mercado de trabalho, as formas tradicionais de comunicação, como panfletos e boletins, têm perdido eficácia. Por outro lado, as redes sociais se tornaram um canal de comunicação acessível e de baixo custo, e as Entidades de Classe têm utilizado cada vez mais essas plataformas como ferramenta importante para se comunicar com seus representados e para divulgar suas ações e conquistas para a sociedade em geral.
De acordo com a pesquisa “O Uso das Redes Sociais pelos Sindicatos Brasileiros”, realizada em 2018 pela Fundação Friedrich Ebert, 51% dos sindicatos do país utilizavam as redes sociais. Em 2020, esse número subiu para 62%, segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Outro estudo, realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em 2021, mostrou novo aumento: 88,5% dos sindicatos brasileiros utilizaram as redes sociais para se comunicar com os trabalhadores. O estudo apontou também que 80,8% dos sindicatos utilizam o WhatsApp como forma de comunicação.
Com foco no uso das redes sociais por empresas e organizações, a empresa de marketing digital Rock Content, em parceria com a Opinion Box, também trouxe em 2020 dados interessantes sobre a utilização dessas ferramentas pelas Entidades de Classe.
De acordo com o levantamento, cerca de 80% dos entrevistados afirmaram que as redes sociais eram importantes ou muito importantes para a comunicação de suas empresas, sendo que 35,7% dos entrevistados pertenciam a organizações sindicais.
Todas essas pesquisas apontam que o uso das redes sociais pelas Entidades de Classe no Brasil tem crescido significativamente nos últimos anos, pois as organizações perceberam que elas são ferramenta importante para se comunicar com os representados e engajá-los, alcançando seus objetivos de forma mais eficaz.
Sintibref de Pernambuco é um sindicato ativo nas mídias digitais
O Sintibref-PE, Sindicato dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas do Estado de Pernambuco, é um exemplo claro de como as redes sociais podem gerar engajamento e fortalecimento para o sindicato. Em entrevista, o presidente Roberth Breno Sousa contou quais são as estratégias utilizadas pela Entidade.
Quais são as redes sociais e ações digitais que o sindicato utiliza?
Instagram e o site são nossas principais ferramentas. Além disso, temos listas de transmissão, pelas quais enviamos inúmeras informações para toda a categoria pelo WhatsApp, e um banco de dados com vários e-mails, para os quais são disparados, uma vez por semana, conteúdos com assuntos diversos do dia a dia.
Qual o resultado e principal ganho que o sindicato tem tido?
O resultado é uma categoria mais informada das ações do sindicato. Com isso temos mais pessoas interessadas nas formas de sindicalizações. Em vez de ligarem ou marcarem uma visita presencial, eles (os trabalhadores e empregadores) já encontram, na palma da mão, a informação.
Há ganhos para a reputação do sindicato?
São notórios os ganhos, porque recebemos muitos elogios tanto dos trabalhadores quanto dos representantes quando acessam as redes de informações.
Há aumento da arrecadação?
Sim, porque estamos sempre divulgando a satisfação do representado, e isso faz com que mais pessoas se sindicalizem.
A atuação da Entidade fica mais valorizada?
Com certeza, o representado consegue acompanhar que o sindicato é ativo e está trazendo conquistas para a categoria.
O que mudou depois que vocês começaram a utilizar as mídias digitais?
As pessoas estão mais engajadas e interessadas nos assuntos. Muitas vezes, o empregador busca na internet qual é o representante da categoria e, quando chega ao sindicato, já está bem informado.